Por que não deixas um pedacinho de mim contigo?
Por que teve que ir assim tão por inteiro? Não poderias ter ficado um pouquinho mais, ou ao menos se despedido de mim? Tua partida foi tão incompleta, tão ináloga. A contradição começa quando digo que te sinto distante, mas continuo sentindo, entendes? Por que não parte logo de uma vez? Ainda sobram restos teus em mim, pedaços que nunca desmancharam-se por completo… Tua voz ronda em minha mente, teu cheiro continua por aqui, tua risada ainda é a mesma. Engraçado como ao mesmo tempo que quero esquecer-te, maculo minha mente dizendo que te quero por perto, a saudade bate e o peito arde. Como pode teu efeito em mim, ser assim tão confuso? Queria ter a última conversa, queria dar-te um último “oi” como se fosse o primeiro, o último abraço como se fosse o primeiro, o último beijo como se fosse o primeiro, e o último adeus como se fosse realmente o último. É que eu odeio essa de meia-despedida não é pra mim. As pessoas se vão e continuam aqui. Mas de pouco em pouco vão se esvaindo e não as sinto mais. Mas contigo foi diferente, não se foi nem por um momento, e quanto mais tento livrar-me desse sentimento, mais aumento. É um de meus erros mais incomproculosos, mas não deixam de ser verdadeiros, pois é algo que le arrasta pra perto de ti mesmo depois que tu se fostes. Faço caminhos, construo pontes em minha que não devia, só pra te ter por perto. Sei que não deveria cometer tal erro, sei que não deveria fazer tal atrocidade com meu ser, mas é que não consigo; metade de mim pertence a ti e a outra metade é saudade. Se ainda não posso te ter por perto que minhas palavras um dia sejam ouvidas e tornem-se verdade.
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